A Biblioteca Comunitária Ler é Preciso Maria Olivia Otero Artioli, da Prefeitura de Agudos, foi classificada em segundo lugar, entre as 120 bibliotecas espalhadas pelo Brasil e mantidas pelo Instituto Ecofuturo, criado pela empresa Suzano Papel e Celulose. O projeto premiado da biblioteca de Agudos foi Educação e Sustentabilidade: o caminho para um futuro de paz.
Há cada dois anos, é realizado o Prêmio Ecofuturo de Bibliotecas, com objetivo de valorizar e incentivar as bibliotecas na realização dos trabalhos para a formação de leitores, com base em um tema definido pelos organizadores. Em 2019, em sua 8° edição, foi definido como tema o Objetivo 4 da Agenda 2030 da ONU, que contém os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O Objetivo 4 define que é necessário “assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos”. Com base nesta proposta, as três funcionárias da Biblioteca Comunitária promoveram, ao longo do ano, leituras relacionadas a temas como sustentabilidade, cultura de paz, diversidade cultural, igualdade de gênero, entre outros. A leitura foi direcionada a um público amplo, desde bebês até idosos, e ainda a alunos das escolas municipais. Com base nessa experiência foi criado o projeto Educação e Sustentabilidade: o caminho para um futuro de paz!, premiado pelo Instituto.

“O prêmio tem grande importância, pois além do reconhecimento do trabalho, a leitura e as crianças saem ganhando. A leitura transforma a pessoa e é preciso transformar-se para que você possa transformar o mundo. Além, é claro, de aprender a ler, escrever e tudo o que você quiser aprender com os livros”, comentou Sônia Serafim, uma das três promotoras de leitura da Biblioteca Comunitária.
Inscrita no projeto desde 2013, em 2017, a biblioteca de Agudos recebeu menção honrosa por sua participação. Porém, este ano, a amplitude do projeto de leitura foi ainda maior, com apoio dado pela Prefeitura de Agudos que cedeu, durante todo ano, o transporte dos alunos de escolas dos bairros da cidade para participarem.

“O projeto foi de um enriquecimento pessoal muito grande. Coisas que estão presentes em nosso dia a dia e não damos tanta importância, nos fizeram parar e refletir. Creio que as crianças se enriqueceram também, pois cada tema gerou uma discussão grande. Ao falarmos sobre sustentabilidade, por exemplo, iam surgindo indignações sobre como o homem trata a natureza e ideias para ajudá-la a voltar a ser como era”, lembrou a promotora de leitura Sônia Serafim, que também comentou que as crianças se surpreenderam quando a cultura brasileira foi posicionada entre as culturas mundiais, também surpreendeu as crianças.

Além de ouvirem a leitura feita por alguém, o projeto também proporcionou que as próprias crianças lessem para idosos, o que trouxe um ganho adicional de os pequenos participantes e toda a equipe envolvida. “As crianças que leram para os idosos têm o ganho adicional por ter essa troca de experiências. Para nós é gratificante ver atingido o objetivo principal, que é formar leitores, ver as crianças adquirindo o gosto pela leitura, comentando sobre o livro e escolhendo o autor preferido. Adquirindo assim, sua formação leitora e, consequentemente, escritora e como agente transformador de pensamentos e opiniões”, concluiu.