A fisioterapeuta agudense, Grace Fernanda Nunes, voltou a apresentar no exterior o resultado de seu trabalho de pesquisa, realizado através do Programa Hiperdia, gerido pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Agudos. A pesquisadora atua há mais de 10 anos junto a pacientes hipertensos, diabéticos e com diagnóstico de esquizofrenia.
Foram apresentados os trabalhos “O nível de atividade física relacionado à qualidade de vida e saúde mental de pacientes hipertensos e diabéticos” e “Caracterização dos pacientes esquizofrênicos atendidos na unidade CAPS da cidade de Agudos e avaliação da associação entre nível de atividade física e comorbidades”, durante o I Congresso Atividade Física e Saúde Mental da Faculdade de Desporto Fadeup, na cidade de Porto, em Portugal, no último dia 11 de outubro.
A hipertensão arterial é atualmente responsável por 32% do total de óbitos no Brasil, e a prevalência de diabetes mellitus em torno de 8%, sendo responsáveis por mais de um milhão de internações por ano no SUS. A prática de atividade física atenua e reduz os fatores de risco e complicações cardiovasculares para hipertensão arterial e diabetes. O objetivo da pesquisa foi “avaliar se indivíduos hipertensos e diabéticos do programa Hiperdia da cidade de Agudos, com melhor condição física também desfrutavam de melhor qualidade de vida”.
A conclusão, de acordo com a pesquisadora, foi que “indivíduos hipertensos e diabéticos com melhor condicionamento físico apresentaram melhor estado geral de saúde e de capacidade funcional com menores limitações físicas, porém sem a relação de melhora para a saúde mental e aspectos emocionais”.
Entre os pacientes esquizofrênicos, o estudo da pesquisadora revelou bons indicativos para uma qualidade de vida adequada entre os pacientes esquizofrênicos atendidos pelo CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial).
Para a profissional, participar de eventos deste porte, quando é apresentado o trabalho desenvolvido em Agudos, possibilita que tenham continuidade as pesquisas voltadas à melhoria de vida dos pacientes. “A importância: ciência não se finaliza, mas se aprimora a medida que cada pesquisador consegue agregar um fundamento, uma nova descoberta, com objetivo final de melhorar a vida dos pacientes, esse é o objetivo maior da pesquisa da troca de conhecimento. Ela aprimora e faz com que a relação homem e ciência se torne efetiva para melhorar a vida do outro”.
AGUDOS