Maira, com o filho Francisco, Giovanna, com a filha Tiemi, dr. Eli, enfermeira Camila e Sarah, com a filha Nicole
A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Agudos, divulgou os atendimentos de dois anos de funcionamento da Sala Aconchego aberta em fevereiro de 2016, no Programa Municipal de Amamentação. De acordo com a enfermeira Camila Cirilo que coordena as atividades do programa, inúmeras foram as conquistas, através das orientações e serviços que alcançaram mais de 850 mães e bebês, entre 2016 e 2017, além do cadastro de 12 mães doadoras de leite humano. “Sem dúvida, a nossa maior conquista foi o sucesso na amamentação, pois, o aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança”, declarou a enfermeira.
O prefeito Altair Francisco Silva e a secretária de saúde Elisangela Bianchi Silva, também destacaram a importância do programa, no sentido de orientar, estimular e apoiar as mulheres, neste ato fundamental para a garantia e promoção da saúde dos bebês e das mães.
A Prefeitura de Agudos é pioneira na região, em abrir uma sala de apoio ao aleitamento materno e Posto de Coleta de Leite Humano( PCLH) que é um serviço especializado vinculado ao Banco de Leite Humano de Bauru e Associação Hospitalar de Agudos.
Inaugurada em 19 de fevereiro de 2016 e mantida pela atual administração, a Sala Aconchego funciona no Posto de Saúde Dr. Jacob Casseb, na Rua 7 de Setembro nº1189, Centro, com horário de atendimento de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.
Competem ao posto de coleta de leite humano as seguintes atividades: desenvolver ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, como programas de incentivo e sensibilização sobre a doação de leite humano. Prestar assistência à gestante, puérpera, nutriz e lactente na prática do aleitamento materno. Em relação à gestante: prepará-la para a amamentação; elaborar medidas de prevenção de doenças e outros fatores que impeçam a amamentação ou a doação de leite humano ordenhado. Quanto à puérpera, à nutriz e ao lactente, prestar orientações sobre: autocuidado com a mama puerperal; cuidados ao amamentar; pega, posição e sucção; ordenha, coleta e armazenamento do leite ordenhado no domicílio.
Benefícios da Amamentação – Giovanna Cardozo, mãe da Tiemi de 4 meses é uma das mulheres atendidas na Sala Aconchego. Para Giovanna, as orientações recebidas foram muito importantes e trouxe benefícios para o desenvolvimento da filha que está pesando 8 quilos, tendo como alimento somente o leite materno.
Giovanna Cardozo e a filha Tiemi
Sarah de Mello da Silva Ferreira, foi uma das primeiras pacientes do programa de amamentação. Ela conta que teve muitas dificuldades para amamentar e quando procurou a Sala Aconchego, recebeu também muito carinho e apoio, além dos cuidados de enfermagem. “Este carinho e apoio foi muito importante emocionalmente e aqui pude conhecer o caso de outras mães e tive disposição para não desistir da amamentação. O ato de amamentar ajuda a voltar o peso mais rápido, fortalece o vínculo entre mãe e filho e garante a saúde do bebê”, conta animada a mãe que continua amamentado a filha Nicole de 2 anos.
Sarah Mello e a filha Nicole
Maira Hernandes, mãe do Francisco de 1 aninho, diz que na Sala Aconchego aprendeu desde a pega correta do mamilo, até a suportar a dor e vê-la transformada em prazer de amamentar. “No começo era muito difícil a sensação de dor, mas depois fica prazeroso e amamentar faz voltar o peso rapidinho. Mas o mais importante é que o aleitamento materno dá uma satisfação para a mãe que vê o filho ganhando peso e tendo o sistema imunológico fortalecido, com um alimento que sai de dentro da gente. O Francisco passou 1 ano inteiro de vida sem pegar nenhum resfriado forte e o aleitamento materno contribuiu para isso”, relata Maira.
Maira Hernandes e o filho Francisco
O pediatra Eli Garcia Filho que integra a equipe do programa de amamentação garante que o leite materno é o melhor alimento que existe, pois previne doenças, alergias e aumenta a imunidade.
Amamentaré muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. A promoção e apoio ao aleitamento materno não será bem sucedido se ele não tiver um olhar atento, abrangente, sempre levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura familiar, esse olhar necessariamente deve reconhecer a mulher como protagonista do seu processo de amamentar, valorizando-a, escutando-a e empoderando-a. Portanto, cabe ao profissional de saúde identificar e compreender o processo do aleitamento materno no contexto sociocultural e familiar e, a partir dessa compreensão, cuidar tanto da dupla mãe/bebê como de sua família. É necessário informar a população sobre a importância de adotar uma prática saudável de aleitamento materno e que respeite o saber e a história de vida de cada mulher e que a ajude a superar medos, dificuldades e inseguranças. As mães que estão amamentando querem suporte ativo (inclusive o emocional), bem como informações precisas, para se sentirem confiantes.
AGUDOS