Prefeitura de Agudos triplica vagas para curso de Libras

A Prefeitura de Agudos ampliou as aulas do curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais), oferecido gratuitamente, pelo terceiro ano seguido através da Secretaria de Educação e Cultura, e vai atender, em 2019, o triplo de alunos inscritos. As aulas começaram no dia 12 de março, com as turmas iniciantes, e no dia 15 de março iniciam as turmas mais avançadas, somando 65 alunos ao todo, quando antes a turma máxima formada foi de 25 alunos.

Para o professor responsável pelo curso, Patric Cornélio, as aulas atendem à uma exigência do mercado de trabalho e de ensino, que têm procurado cada vez mais por pessoas que saibam interpretar e se comunicar através de sinais. Mas, a prática do idioma ganhou interesse após a interpretação da primeira-dama do país Michele Bolsonaro transmitir em Libras uma mensagem durante a posse presidencial.

Patric explica que por determinação legal, todos os cursos de graduação e pós-graduação devem disponibilizar a disciplina de Libras como opção para os alunos, o que ajudou a disseminar este tipo de conhecimento, o que fez também que o profissional que domine, mesmo que basicamente, essa comunicação, seja mais valorizado no mercado de trabalho. Na graduação de Pedagogia, Libras é disciplina obrigatória.

“Hoje em dia, o surdo não tem tanta convivência com o ouvinte, então a Libras precisa ser esse apoio. Por exemplo, se uma pessoa que não ouve e não fala vai ao supermercado e quem o atende não consegue entendê-lo, é preciso algum funcionário que saiba Libras para interpretar o pedido. Isso pode ocorrer em um hospital, escola e em grandes empresas, na hora de entrevistas ou treinamento”, explica o professor.

O curso oferecido pela Prefeitura de Agudos na escola Coronel Leite é totalmente gratuito, com duração de seis meses, aulas uma vez por semana, com duas horas de duração cada aula. Patric explica que o curso básico abrange diversos conhecimentos, como interpretar expressões faciais e corporais, e gramática, além dos sinais propriamente ditos, o que permite a comunicação com deficientes auditivo e de fala.

“Não é difícil, mas é preciso dedicação do aluno, assim como aprender outro idioma depende de dedicação para assimilar. Mesmo que não seja para ampliar o conhecimento, com as aulas é possível compreender e contribuir com determinadas situações”, garante.