A Prefeitura de Agudos, por meio dos profissionais do Ambulatório Municipal de Animais (AMA), da Secretaria de Saúde, intensificou as ações para prevenir casos de leishmaniose no município. O esforço reúne no setor de Saúde, além do AMA, a Vigilância Epidemiológica, e as secretarias de Meio Ambiente e Obras.

De acordo com a veterinária, Sarah Mello da Silva Ferreira, desde janeiro deste ano, o AMA tem registrado mensalmente até 25 casos suspeitos da doença, com a média de oito casos positivos, confirmados todos os meses.

Há cerca de 10 dias foi confirmado o caso da doença em um rapaz de 24 anos, morador do bairro Maria Luiza, porém o exame feito no cachorro da família do paciente foi negativo, o que indica que a doença pode estar disseminada na região. Por isso, a partir desta quarta-feira, dia 14 de agosto, a equipe do AMA intensificou as ações de bloqueio e busca ativa em um raio de 200 metros da residência do paciente, repassando orientações e informações aos moradores, sobre como prevenir a doença, que é considerava muito grave, com tratamento de alto custo para os animais.

“O mais importante é a conscientização das pessoas sobre o perigo da doença entre os animais e os seres humanos, e sobre a necessidade de se prevenir. Tem animais que atendemos várias vezes com suspeita, sem confirmar a doença, porém o dono não muda seus hábitos e chega uma hora que o animal está contaminado. Em todas as consultas recomendamos que os quintais sejam limpos, fezes recolhidas e o uso de coleiras que repelem o mosquito, entre outras ações”, comentou a veterinária.

Para todos os testes clínicos positivos identificados no AMA, são recolhidas amostras de sangue e enviadas para o Instituto Adolfo Lutz, de Bauru, para ser feita a prova. Caso se confirme o contágio, o dono do animal é orientado sobre o tratamento de alto custo, que só está disponível na rede particular, e sobre a opção de eutanásia, oferecida gratuitamente pelo município. Os testes usados no AMA são padronizados pelo Ministério da Saúde.

“Muitas vezes, o dono gasta mais com remédios paliativos, que podem apenas mascarar os sintomas da doença, do que se usasse uma coleira, que evita o contágio e a transmissão”, lamentou a médica veterinária.

Para evitar que aumente o número de casos de leishmaniose em Agudos, a Prefeitura reforçou as ações conjuntas entre as secretarias de Meio Ambiente e Vias Públicas, responsáveis pela limpeza de áreas públicas e particulares, neste último caso, com a cobrança pela limpeza e multa emitida aos proprietários que não mantém seus quintais e terrenos limpos.

O esforço conjunto conta ainda com a participação da Secretaria de Educação, que viabiliza que as escolas municipais recebam palestras e outros eventos promovidos pelos profissionais da Saúde, sobre a importância de se prevenir contra a doença.